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Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária realiza prática de campo em Manaus e Presidente Figueiredo

  • Publicado: Quarta, 03 de Dezembro de 2025, 11h48
  • Última atualização em Quarta, 03 de Dezembro de 2025, 11h48
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Entre os dias 17 e 21 de novembro de 2025, docentes e discentes do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (ICET/UFAM), tiveram a oportunidade de participar de uma série de visitas técnicas realizadas em Manaus e em Presidente Figueiredo. Ainda fizeram parte do grupo discentes do curso de Agronomia.

Conduzidos pelos docentes do curso, os discentes puderam observar a aplicação prática dos princípios que envolvem o curso, proporcionando-os a vivenciarem uma experiência real do mercado de trabalho.

A primeira visita foi na Estação de Tratamento de Esgoto do Educandos, onde foram conduzidos por profissionais da empresa. Foram apresentadas detalhadamente todas as etapas do sistema de tratamento, desde a parte da estação elevatória de esgoto (E.E.E), tratamento preliminar, e o sistema de lodos ativados, até o efluente final tratado. Os participantes também tiveram a oportunidade de conhecer as instalações destinadas ao tratamento do lodo, estrutura que está em fase de implantação na ETE e que deverá aprimorar o manejo e a disposição final dos resíduos gerados no processo que atualmente são destinados no aterro sanitário.

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Segundo a Professora Suéllenn, a atividade possibilitou aos alunos observarem, na prática, o funcionamento de uma Estação de Tratamento de Esgoto (com capacidade máxima de 300 L/s), uma das maiores unidades de tratamento de esgoto doméstico de Manaus. Além disso, reforçou a importância da conscientização sobre o uso adequado da rede de coleta do tipo separador absoluto, sistema composto por tubulações exclusivas para esgoto, sem interferência da água de chuva, o que evita sobrecargas e garante a eficiência dos processos biológicos da estação. A professora destacou, ainda, como a correta operação desses sistemas contribui diretamente para a saúde pública e para a proteção ambiental, evidenciando o valor da formação técnica integrada à vivência em campo.

De acordo com o professor Diogo, os participantes puderam conhecer também as instalações voltadas ao tratamento do lodo, uma estrutura ainda em fase de implantação na ETE, mas que deverá aprimorar o manejo e a destinação final dos resíduos produzidos no processo. Ele ressaltou que a atividade permitiu aos alunos observarem, de forma prática, o funcionamento de uma estação de tratamento de esgoto, reforçando assim, a relevância de uma formação técnica integrada à vivência em campo. Já a professora Daiana, afirma que a visita foi fundamental para que os participantes compreendessem o funcionamento do sistema aeróbico de lodos ativados, responsável por tratar entre 50 e 60 L/s e atender 13 bairros de Manaus. Ela observou que a unidade realiza análises mensais para assegurar a qualidade do processo, que se encontrava em condições adequadas e sem odores. Esse resultado, conforme destacou, se deve à atuação de bactérias anóxicas, responsáveis pela redução de nitrito e nitrato no sistema.

No dia posterior, foram realizadas duas visitas técnicas em Balbina, em Presidente Figueiredo. Inicialmente, foram recebidos no Centro de Preservação e Pesquisa de Mamíferos e Quelônios Aquáticos (CPPMQA) administrado pela Axia Energia. Lá foram apresentadas as atividades de pesquisa e tratamento dos animais, além de projetos de mitigação ambiental relacionado aos impactos do lago da hidrelétrica.

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A partir do relato da professora Camila Amorim, a visita ao CPPMQA, em Balbina, foi percebida como uma experiência enriquecedora, pois permitiu conhecer de perto o trabalho de conservação das espécies aquáticas resgatadas no entorno da Hidrelétrica de Balbina. A docente destacou que essa vivência possibilitou compreender melhor a relevância das ações de monitoramento para a biodiversidade local, ampliando sua visão sobre a preservação das espécies.

Ainda no mesmo dia, pelo horário vespertino, os docentes e discentes foram recebidos na Usina Hidrelétrica de Balbina. No local, foram apresentadas a estrutura da usina (diques, casa de máquina, sistema de monitoramento, entre outros).

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Segundo a professora Lina Martínez, a vivência direta do processo de geração de energia hidrelétrica contribuiu para que os formandos compreendessem a relevância estratégica da UHE Balbina para a região. Ela aponta que observar de perto uma tecnologia consolidada e fundamental para o suprimento energético também favoreceu o desenvolvimento de uma formação mais crítica acerca dos impactos socioambientais, da gestão hídrica e dos desafios enfrentados na engenharia ambiental e sanitária.

No terceiro dia, foi realizada visita técnica no Aterro Sanitário da Marquise Ambiental, localizado no km14 da rodovia BR-174. O aterro ainda não está em operação, contudo, foram visitados vários locais como a célula para recebimento dos resíduos, local de tratamento do chorume, sistemas de drenagem, entre outros.

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O prof. Rodrigo Couto ressalta a importância dos discentes conhecerem um aterro sanitário projetado e construído conforme os padrões técnicos exigidos, embora ainda inativo devido a questões jurídicas. Durante a atividade, foi possível observar uma célula já estruturada, além dos sistemas de drenagem de águas pluviais, do tratamento de chorume, das balanças de pesagem e de outros componentes que integram a operação de um aterro sanitário. Segundo ele, essa observação in loco contribuiu para ampliar a compreensão dos discentes sobre a infraestrutura e os processos envolvidos na disposição final adequada dos resíduos.

Já a prof. Suéllenn Hinnah pontuou que os discentes puderam observar algumas das estruturas de controle ambiental implantadas no local, especialmente as piscinas de drenagem responsáveis por conter e amortecer o volume das águas pluviais. Essas estruturas ajudam a reter sedimentos gerados pelo escoamento superficial, o que é particularmente importante devido ao histórico da área, anteriormente utilizada para extração de areia e com declividades propensas ao carreamento de partículas. A atividade também ganhou relevância porque uma das visitas foi cancelada, à obra de drenagem em Manaus no bairro Japiim, em razão das chuvas que deixaram o terreno instável.

No último dia, a visita foi realizada na Estação de Tratamento de Água da Compensa. No local, foram apresentadas todas as etapas de captação e tratamento da água para abastecimento.

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A professora Mariana Batista destaca que a visita à Estação de Tratamento de Água em Manaus proporcionou aos estudantes uma compreensão mais concreta sobre a importância da qualidade da água e dos processos de tratamento abordados em sala de aula. Ela observa que conhecer uma ETA de ciclo completo em funcionamento representou uma oportunidade singular, especialmente para quem atua no interior do Amazonas, contribuindo para aprofundar o aprendizado dos alunos e ampliar sua percepção sobre as áreas de atuação dos futuros engenheiros.

De acordo com o discente Giorgio Albuquerque, a visita técnica foi bastante proveitosa, pois permitiu aos alunos observarem na prática conteúdos que normalmente são vistos apenas em sala de aula, o que aumentou seu interesse. Ele relata que o grupo pôde acompanhar operações relacionadas à água, esgoto, drenagem e resíduos, além de conhecer possíveis locais de estágio ou trabalho, experiência que contribuiu para enriquecer a formação acadêmica dos participantes. Segundo o discente Jodson Souza, as visitas técnicas desempenham um papel fundamental na formação dos estudantes, pois aproximam os conteúdos teóricos da realidade prática, facilitando a compreensão dos processos ambientais e estimulando uma postura mais crítica e profissional. Ele observa que esse tipo de experiência torna o aprendizado mais significativo, ao permitir que os discentes percebam de perto os desafios presentes no cotidiano do mercado de trabalho.

O Coordenador do curso, Prof. Rodrigo Couto, ressalta que essas práticas desempenham um papel essencial na formação dos estudantes, uma vez que ampliam sua compreensão sobre as operações e os desafios presentes na área de engenharia ambiental e sanitária. Segundo ele, essa vivência prepara os futuros profissionais para enfrentar os problemas ambientais contemporâneos. O docente também agradece a colaboração da equipe de professores e o engajamento dos alunos na realização das atividades.

As fotos das práticas podem ser consultadas no site do curso (https://eas.ufam.edu.br/visitas-tecnicas.html).

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